sexta-feira, 8 de julho de 2011

Saudade....40 anos...

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Essa visão me levou a refletir sobre o sentimento que o Meireles estava experimentando ao olhar pela janela a cidade onde ele passou os melhores momentos de sua vida...1971 a 1973...dando os primeiros passos para se transformar no homem de hoje...era um jovem que juntamente com os 320 companheiros deixou sua família para viver a mais bela das aventuras, certamente que, assim como os demais, viveu momentos de alegria, tristezas, incertezas, vitórias e com o desejo de transformar o mundo e servir à Nação, ultrapassou seus limites e venceu! 
Em homenagem a este momento de reflexão, o poema do Rudyard Kipling para povoar de momentos felizes suas mais queridas lembranças em seu novo "diário".


Se...

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.


Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!

Rudyard Kipling 

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